Acabamos de iniciar o “ciclo eleitoral” de 2016. Estamos ainda na fase dos santinhos, alguns portadores de cartazes e “bandeiras”, adesivos nos automóveis e, como não poderia deixa de ser o Facebook (ainda bem).
"Os veículos de comunicação continuam a despejar ditatorialmente bobagens aos montes em nossos lares (TV), carros (rádio), computadores e telefones móveis, de tal forma que se não quisermos ver nem ouvir declarações unilaterais tendenciosas temos que desligar aqueles malfadados aparelhos" (escrito logo depois do pleito de 2014).
As eleições locais são menos sujeitas à influência dos poderosos veículos de comunicação, exceto nas grandes cidades e regiões metropolitanas, e aqui temos de tomar muito cuidado, pois a capital São Paulo é quase um país, que influencia o próprio Estado de são Paulo e de certa forma afeta o Brasil inteiro, pois é lá que muitas tendências nascem na economia, na cultura, na movimentação política e, como não poderia deixar de ser, conspirações.
Então, como escrevi em 2014, sobre a mídia “tanger a boiada” (ver no post anterior), em São Paulo e talvez outras grandes cidades, o perigo nos ronda.
Para o conjunto das grandes cidades a comunicação de massa manterá seu seu esforço de "tanger a(s) boiada(s)“ e ajudar seus apoiadores a preservarem seus nichos de influência e poder. Trata-se da preparação para logo mais ali adiante, 2018, nos pleitos nacional e estaduais.
Escrito em 2014: É no cenário de nossas cidades (e municípios) que tudo - literalmente tudo, acontece.
Quem não se reuniu com antecedência em seus nichos de relacionamento profissional, social e familiar para discutir as cidades que desejamos e tornar pública a expectativa, agora está condenado a ouvir asneiras nos semáforos, slogans inúteis nos carros e, onde houver emissoras de TV, suportar daqui a alguns dias as infindáveis bobagens no horário eleitoral.
Creio que nem poderia ser diferente, na falta de conhecimento sobre o que o povo realmente quer, os candidatos dizem o que quiserem para, uma vez eleitos, também fazerem o que lhes der na telha.
Justo, já que ninguém lhes disse o que fazer (uns poucos certamente o fizeram - ali, no “compadrio” característico do patrimonialismo).
Agora é tarde para refletir sobre o que ninguém sequer vai desejar ouvir, os candidatos estão aí, fruto de geração expontânea, livres, leves e soltos. Alguns deles serão escolhidos, inevitavelmente. Quem não ajudou a incluir no sistema os candidatos que melhor poderiam contribuir com suas causas, terá de suportar a convivência com os futuros eleitos até o fim de seus mandatos.
Mais uma vez. Nem adianta reclamar. O máximo que podemos fazer agora é eleger os menos piores. Trágico não.
Pelo menos podemos contar com as redes sociais para fazer o contraponto, quem sabe não seria esta a boa oportunidade? Ao menos para diminuir a “desinfluência” das novelas, até que elas apareçam também nos smartphones, para alienar de vez.
Este post só faz sentido se o leitor escorregar ate um pouco mais abaixo e ler o imediatamente anterior. Vá até lá e boa sorte na escolha dos edis e alcaides.